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Anater é aprovada na Câmara Federal, mas projeto precisa de adequações

Por 10 de outubro de 2013Outras Notícias Assin

O Projeto de Lei 5740/2013, que autoriza o poder executivo a criar a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) foi aprovado na Câmara Federal na primeira semana de outubro e será encaminhado ao Senado para ser votado em prazo regimental de urgência constitucional. Contudo, agricultores familiares, movimentos sociais e entidades como a ASSIN, que debatem, entre outros assuntos, a questão da Assistência Técnica e Extensão Rural questionam se, de fato, o modelo de Anater apresentado atende às necessidades dos trabalhadores do campo e da sociedade brasileira.

De acordo com o presidente da ASSIN, Adolfo Sunderhus, a proposta de Anater já nasce desgastada, pois traz a velha lógica de crescimento, e não de desenvolvimento. “Ela tem sua proposta de atuação centrada nos princípios distorcidos que sustentam a agricultura convencional e a lógica da dependência de insumos externos. Em nenhum momento propõe uma construção dialógica e integrada com o agricultor e a agricultora familiar e camponeses, suas formas de organização e representação. Também não está claro como se dará a integração entre pesquisa e extensão dentro da visão de Anater proposta”, afirma Adolfo.

Para o presidente da ASSIN, é preciso incluir os agricultores e agricultoras familiares e camponeses como os principais protagonistas e agentes desse desenvolvimento, valorizando seus saberes, conhecimentos e respeitando sua história e necessidades”, afirma Adolfo.“Não basta por decreto estabelecer um procedimento de pesquisas e de ‘transferência das tecnologias’, se é que é possível pensarmos nesse viés transferidor quando tratamos de pessoas, e não de produtos, com saberes e práticas acumulados por gerações. É preciso valorizar a experiência, o saber e as práticas com o conhecimento e o reconhecimento de tecnologias próprias e de metodologias que estimulem ao trabalho coletivo. É necessário também fortalecer o espírito crítico sobre o papel da pesquisa e da extensão rural junto aos agricultores e agricultoras familiares e camponeses”, defende Adolfo.