* Diretoria Executiva da ASSIN
No campo ou na cidade, pais e mães batalham dia a dia para sustentar filhos e filhas, produzindo e consumindo bens e serviços. E essa força de trabalho move o nosso Estado e o nosso país.
Desde março deste ano, com a implantação de medidas preventivas para evitar a contaminação pela Covid-19, as escolas foram fechadas e os idosos entraram em isolamento, evitando contato com crianças. Pais e mães perderam seus empregos, tiveram os salários reduzidos, fazem malabarismo com o auxílio emergencial ou entram em regime de teletrabalho.
Esse grupo que, por tradição, depende da escola, da creche e da boa vontade da sogra, da tia ou da vizinha para que olhem seus filhos e filhas, passou a depender da boa vontade do chefe para conciliar trabalho com família. E, assim, sobrecarregados, manter seus empregos.
Essa força de trabalho é tão valiosa que a pressão para abrir as escolas na pandemia, mesmo sem vacina, é cada vez mais forte. Pois, na teoria, “é preciso fazer a economia girar”. Precisam do trabalhador e da trabalhadora para que paguem por serviços, comprem comidas, roupas, combustíveis, etc.; mesmo que isso possam lhe custar a vida.
Nessa engrenagem, o empresário pressiona o Governo, enquanto o Governo nos pressiona. Já os problemas que nos trouxeram até aqui são arrastados para debaixo do tapete.
Somos uma força de trabalho poderosa! Precisamos refletir sobre a vida que levamos. Até quando a paternidade e a maternidade vão ser tratados como um eterno “se vira”?