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Paternidade, Maternidade e Covid-19

Por 14 de setembro de 2020Assuntos Gerais

* Diretoria Executiva da ASSIN

No campo ou na cidade, pais e mães batalham dia a dia para sustentar filhos e filhas, produzindo e consumindo bens e serviços. E essa força de trabalho move o nosso Estado e o nosso país.

Desde março deste ano, com a implantação de medidas preventivas para evitar a contaminação pela Covid-19, as escolas foram fechadas e os idosos entraram em isolamento, evitando contato com crianças. Pais e mães perderam seus empregos, tiveram os salários reduzidos, fazem malabarismo com o auxílio emergencial ou entram em regime de teletrabalho.

Esse grupo que, por tradição, depende da escola, da creche e da boa vontade da sogra, da tia ou da vizinha para que olhem seus filhos e filhas, passou a depender da boa vontade do chefe para conciliar trabalho com família. E, assim, sobrecarregados, manter seus empregos.

Essa força de trabalho é tão valiosa que a pressão para abrir as escolas na pandemia, mesmo sem vacina, é cada vez mais forte. Pois, na teoria, “é preciso fazer a economia girar”. Precisam do trabalhador e da trabalhadora para que paguem por serviços, comprem comidas, roupas, combustíveis, etc.; mesmo que isso possam lhe custar a vida.

Nessa engrenagem, o empresário pressiona o Governo, enquanto o Governo nos pressiona. Já os problemas que nos trouxeram até aqui são arrastados para debaixo do tapete.

Somos uma força de trabalho poderosa! Precisamos refletir sobre a vida que levamos. Até quando a paternidade e a maternidade vão ser tratados como um eterno “se vira”?

 

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