O ano de 2016 tem sido um ciclo de muitas adversidades para os servidores do Incaper, mas também de muita resistência para os bravos lutadores e lutadoras do Instituto. Dentre esses lutadores, uma em especial: Hildeneia Ribeiro Patricio, que se aposenta esta semana, encerrando um ciclo de luta por um serviço público de qualidade e pela valorização dos servidores.
Hildeneia Ribeiro Patricio, a Néia, é natural de Aracruz e atua como servidora do Incaper desde 1986, quando começou a trabalhar como assistente social na Fazenda Experimental Bananal do Norte, na Regional Sul Caparaó. Foram dois anos de muito trabalho. Após esse período, ela foi remanejada para a sede do Incaper, em Vitória. Néia sempre esteve presente nos movimentos de luta da categoria e fez parte de duas importantes gestões da Assin.
A primeira foi de 2001 a 2003, em que ela atuou como diretora de Saúde, na gestão de Isabel Frade, marcada pela força e resistência. “Foi um período de muito trabalho. Uma fase de muito enfrentamento e turbulência. Estávamos passando pela transição dos planos de saúde e muitas dificuldades apareceram pelo caminho. Mas juntos conseguimos enfrentar todas elas”, conta Néia.
Após essa gestão, ela procurou se fortalecer para continuar na luta. “Estar na luta, vivenciando o enfrentamento, me fez bem forte e consciente em saber o momento certo de recuar. A gente tem que saber avançar, mas também saber a hora certa de recuar”, reflete a servidora.
Oito anos depois da primeira experiência como diretora, ela voltou a compor mais uma gestão da Assin, desta vez de 2011 a 2013, com Samir Rangel como presidente, e novamente Néia esteve como diretora de Saúde. “A Assin é importante para os servidores e os servidores são importantes para a Assin. Ela nos dá esse espírito coletivo de compreender a importância em se lutar não só por mim, mas pelo outro. Nossa luta é todo dia por melhores condições de vida para os trabalhadores”, afirma.
Por duas gestões, Néia foi diretora de saúde da Assin. Foram anos de muita luta e dedicação na caminhada dos servidores e servidoras do Incaper. Mesmo com a sua aposentadoria, Néia garante que a luta não acabou. “Saio agora com a esperança de que virão outros para a caminhada da Assin. Virão outros e outras para encherem a bagagem de experiências e conhecimentos assim como eu enchi a minha”, disse.
Para Néia, encerrar o ciclo como servidora não impede de permanecer na luta. “Nossa militância não acaba nunca. E para os jovens que estão chegando agora: resistência. Não desistam dos sonhos e projetos. Obstáculos irão aparecer, mas resistam e permaneçam juntos na caminhada”, pontua.