was successfully added to your cart.

Carrinho

Nossa luta continua e determina nossa vitória!

Por 19 de março de 2021Assuntos Gerais, Coluna dos Associados

Em qualquer guerra, primeiro formamos o nosso exército.

Em seguida devemos traçar a melhor estratégia, escolher as armas e planejar os ataques.

Por fim, lutar o tempo que for necessário para vencer cada batalha.

A Ater e a Agricultura Familiar sofrem mais um forte golpe, com o Projeto de Lei 4371, do deputado federal José Silva. Esse PL define a ação pública e política desse deputado como um ato de covardia, de negação e completamente equivocado, diante de todo histórico da ATER e da Agricultura Familiar, no Brasil.

Vivemos mais uma violência em que a “elite política” possui a certeza de que o processo democrático precisa ser controlado a seu favor, para evitar o que chamam de “insegurança social e econômica”. Ao mesmo tempo, buscam, através desse controle, promover as mudanças que atendam aos seus interesses, em especial aumentando a confiança dos chamados “investidores”.

A forma de agir dessa “elite política” é muito simples: verificam onde está o foco da resistência e, encontrando-o, o mesmo será sacrificado, completamente eliminado, doa a quem doer.

Importante ressaltar que a retirada do PL 4371 de pauta foi uma estratégia para ganhar tempo. Isso porque já existe outro Projeto de Lei, já apresentado pelo citado deputado, que isenta o imposto de renda das empresas que destinarem recursos para prestar ATER aos agricultores de extrema pobreza.

A retirada do PL 4371 foi uma importante vitória e se reveste de um marco extraordinário, uma vez que posiciona o rompimento da ATER com os paradigmas que impedem o crescimento, o desenvolvimento e a reprodução social da agricultura familiar. Essa vitória fortalece o olhar e a visão política da ATER, tem o/a agricultor/a familiar e os/as extensionistas como sujeitos coletivos, com forte respeito à representação de classe e às suas organizações sociais, valorizando-os/as como protagonistas e donos/as de suas histórias, o que muda por completo o jogo social que a “velha elite política” busca renascer.

Portanto, o PL 4371 somente foi “retirado” pelo seu autor porque encontrou uma forte resistência da organização dos/as trabalhadores/as da ATER pública estatal que, com sua história de comprometimento com a agricultura familiar do Brasil, luta e se posiciona contra as contradições e a violência da “nova proposta”, que tem como objetivo central dar espaço para um novo Sistema.

Ganhamos uma batalha, mas a guerra continua. E precisamos que a ATER e Agricultura Familiar estejam cada vez mais unidas, com toda sua capacidade e inteligência, para que possam construir propostas capazes de nos colocar em um constante movimento contra todas as formas de violência que se avizinham e que estão por vir.

Precisamos estar juntos/as com o propósito de unificarmos uma bandeira de luta e de oposição verdadeira contra esse e outros PL’s, lutando contra as contradições e contra a falta de compromisso diário de um “velho” Sistema.

Texto escrito por Adolfo Brás Sunderhus, engenheiro agrônomo, operário da terra. Aprendendo com o saber das famílias da roça, suas práticas e experiências.

 

Deixar um Comentário