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Nossa ação diante da violência contra servidores/as do Incaper pela atual diretoria

Por 3 de setembro de 2021Assuntos Gerais

Adolfo Brás Sunderhus*

A magnitude da violência contra os/as servidores/as do Incaper, feita pela atual diretoria neste ano de 2021, não pode ser esquecida e não permite nos distanciarmos deste momento. É necessário, além da análise crítica, estarmos unidos/as, todas e todos, junto com nossa representação associativa (ASSIN), buscando coletivamente as ações necessárias para quebrarmos esse círculo vicioso que estamos vivenciando.

Essa violência não é de hoje, e o atual momento foi muito bem pensado por esta diretoria do Incaper e por todos e todas que dela participam. E por isso precisa ser relembrada, pois trata o momento crítico de rompimento de uma trajetória de compromissos entre as diversas categorias profissionais do Incaper. O que define a existência de dois institutos: um fortemente dominado pela pesquisa e outro como “o Incaper doa demais”.

O primeiro, elitista e individualista, expressa e defende a volta do produtivismo e do lucro a qualquer preço a partir do produto e não da pessoa, mantendo o cenário de pautas conservadoras. Busca dar vida à “revolução verde”, flerta com a destruição dos movimentos sociais da agricultura familiar e camponesa, uma vez que desrespeita o seu saber e conhecimento.

O “Incaper doa demais” se expressa pelo respeito ao seu colega servidor/a, pelo compromisso público com a Agricultura Familiar e Camponesa, e pelo respeito aos saberes e conhecimento dos povos tradicionais, ao valor da mulher rural e no compromisso de dialogar um futuro sustentável para a juventude da roça. O “doa demais” do Incaper incomoda porque não é e nunca foi “transferidor de tecnologias”, mas sim, e a todo momento, agentes de desenvolvimento local e territorial junto aos agricultores/as familiares e comunidades tradicionais, a partir do diálogo e da interação de saber e conhecimento, desenvolvendo uma ação política construtiva e transformadora que gera microrrevoluções sociais produtivas, econômicas de mercado e ambientais, para todos e todas da roça, com forte impacto na vida das famílias da cidade.

 

* Engenheiro Agrônomo, Extensionista Rural aposentado do Incaper e operário da terra. Aprendendo com o saber das famílias da roça, suas práticas e experiências. Escreve o que acredita e o que sente.

 

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