Neste dia da árvore, a Assin poderia falar da importância dela no dia a dia, da beleza que ela produz no meio urbano, da necessidade em protege-las, fazer um poema para elas, enfim. Só com esses motes, dá para escrever mil textos diferentes. O nosso papel, no entanto, não é este. Hoje devemos celebrar este dia com um tema forte: a produção irresponsável de eucalipto. Esta árvore é a principal matéria prima do papel e do carvão vegetal.
Há uma grande polêmica ambiental que circunda o tema, que é o alto consumo de água e nutrientes do solo. Porém, temos que entender que o eucalipto tem uma necessidade maior em relação às outras espécies de plantas. Um artigo escrito por Luciano Vilas Boas Rezende, Thereza Cristina Camello e Lea Piumbim Rebelo, todos da UFRJ, nos informa que a plantação de eucalipto deve levar em conta esta característica e também compreender ao máximo as peculiaridades da região onde for plantado: a qualidade do solo, a capacidade pluviométrica daquele espaço, se os nutrientes existentes pode favorecer a sobrevivência da árvore e da terra, entre outras análises.
Outra grande preocupação no plantio de eucalipto é com o uso de agrotóxicos, esse sim um grande destruidor do solo e da natureza. De acordo com o site da Revista Rede Brasil Atual, o sulfluramida é o agrotóxico mais utilizado nesta árvore. Ele foi proibido pela Convenção de Estocolmo por ser fortemente cancerígeno.
A principal mensagem que queremos deixar para quem planta eucalipto é: seja responsável. Afinal, as árvores consomem os nutrientes da natureza até que possa se satisfazer e dar retorno. O ser humano, não. Ele consome mais do que precisa e não costuma recompensar.