A convite da ASSIN, Toninho Lopes, militante pelos direitos LGBTI+ no Espírito Santo, escreveu um breve texto sobre a importância do Dia Nacional do Orgulho Gay. Sua escrita convida a nos aprofundarmos sobre o assunto. Confira!
O dia 25 de março, Dia Nacional do Orgulho Gay, é uma das datas existentes no calendário do Movimento LGBTI+ para lembrar a mobilização e a luta pela igualdade de direitos e pelo respeito às diferenças relativas à orientação sexual e à identidade de gênero. É um dia voltado à celebração daqueles/as que se orgulham em assumir sua sexualidade.
As pessoas LGBTI+ enfrentam cotidianamente preconceitos e discriminações por conta de uma sociedade que não está preparada para conviver com as diversidades sexuais e de identidades de gênero.
A sigla LGBTI+ abarca a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexuais e uma gama de outras orientações sexuais, identidades e expressões de gênero, por isso o uso do símbolo +.
Cada segmento dessa vasta comunidade tem suas lutas próprias e, por isso, o calendário é amplo. Para além deste dia temos, por exemplo:
29 de janeiro – Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais
17 de maio – Dia de Combate à LGBTIfobia
28 de junho – Dia Internacional do Orgulho LGBTI
29 de agosto – Dia da Visibilidade Lésbica
23 de setembro – Dia da Visibilidade Bissexual
26 de outubro – Dia da Visibilidade Intersexual
Nos últimos anos, a população LGBTI+ do Brasil, fruto da luta incessante que promove diariamente, tem tido avanços significativos na conquista de direitos, tais como o direito a união civil e a criminalização da LGBTIfobia (com sua equiparação ao racismo). Mas ainda há muito a conquistar.
A LGBTIfobia provoca efeitos sociais devastadores, desde a violência simbólica, com segregação e marginalização, assim como a violência física e, até, a violência extrema, com os assassinatos. Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), o Brasil é o país que mais mata LGBTI+, em especial travestis e transexuais, o grupo mais vulnerável.
Celebremos o orgulho de sermos quem somos, da forma que somos, mas sem perdermos a perspectiva da luta.