was successfully added to your cart.

Carrinho

Carta de Apoio aos servidores do Incaper

Por 26 de março de 2020Assuntos Gerais

Estamos passando por um momento de extrema dificuldade. Todo cuidado se faz necessário. É fundamental que nossos esforços sejam para cumprir com as recomendações responsáveis dos gestores públicos e autoridades sanitárias.

A Associação dos Servidores do Incaper (Assin) produziu uma carta, com todo seu corpo diretivo formado pelos diretores de núcleo e diretoria executiva, manifestando a todos os associados e, também, para os servidores do Instituto e os nossos parceiros, nossa solidariedade e apoio.

Aproveitamos, ainda, para reforçar as orientações necessárias recomendadas através dos decretos pelo Ministério da Saúde, autoridade sanitária que tem demonstrado sua responsabilidade com as vidas humanas nessa pandemia mundial, além dos governos estaduais de todo Brasil, que com sua autonomia estão se mostrando ágeis e responsáveis nas medidas de prevenção.

Todas as vidas merecem ser preservadas!

Assim como devemos dar o respeito às equipes de gestores públicos, nós, servidores, também merecemos e exigimos respeito. Fazemos parte desta sociedade e queremos, cada vez mais, que sejamos reconhecidos como tal, pois estamos ali, na ponta do serviço público, atendendo a nossa população.

Segundo dados do Censo Demográfico de 2010, 11% da população que residente no meio rural do Espírito Santo tem mais de 60 anos, e, segundo dados do Censo Agropecuário de 2017, 45% dos agricultores familiares capixabas tem mais de 55 anos.

Enquanto servidores do Incaper, nós estamos espalhados pelos 78 municípios do Espírito Santo, e dentro do nosso público atendido, 36% dos agricultores possuem mais de 52 anos de idade, sendo que parte deles encontra-se no grupo de risco da contaminação por coronavírus (COVID-19). Alguns dos nossos servidores também fazem parte ou moram e convivem com pessoas da família que são desse grupo de risco.

Por isso reforçamos as orientações das normativas encaminhadas pela Diretoria do Incaper a todos os ELDR`s (Escritórios Locais de Desenvolvimento Rural) e CPDI`s (Centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) para que os atendimentos sejam realizados, prioritariamente, de forma remota, seja por telefone, fixo ou celular, seja por e-mail e whatsApp. É fundamental que os escritórios fiquem fechados para o público externo. Não é o momento de serem realizadas visitas técnicas, nem de atendimento presencial.

Além disso, 80% das fazendas experimentais do Incaper são formadas por servidores que não moram nessas unidades. Dessa forma, com os deslocamentos entre casa e trabalho, esses servidores acabam estando mais expostos ao coronavírus, podendo ser infectados e, em consequência, servindo de transportadores da doença para dentro das fazendas, colocando a saúde dos que vivem e trabalham lá em risco.

Para proteção dessa equipe interna das fazendas, recomendamos que somente uma pequena porcentagem dos colaboradores mantenham os cuidados com os experimentos, com as irrigações e com os animais, adotando ainda o regime de rodízio diário, cabendo à chefia, e somente a ela, confeccionar a escala e acompanhar o seu cumprimento.

Além disso, entendemos que em alguns casos será necessário fazer uma avaliação individual. Para isso, impõe-se às chefias primeiro acreditar na pandemia que estamos vivendo e, imediatamente, serem capazes de avaliar cada caso, colocando em prática as devidas recomendações previstas pelos órgãos de saúde e normativas internas do Incaper, contribuindo assim para a segurança e o bem estar de todos.

A ASSIN requer de todos os associados e demais servidores do Incaper extrema atenção aos cuidados de higiene pessoal. Lave sempre as mãos, com água e sabão. Use álcool gel quando necessário. E caso se vejam na necessidade de irem aos locais de trabalho, façam o protocolo de segurança, higienizando as áreas de trabalho, assim como os materiais de escritório, incluindo celulares e teclados de computador, lembrando que cabe à diretoria do Incaper (Governo do Estado) a responsabilidade de manter a oferta desses materiais em todas as unidades de ATER e de Pesquisa do Estado.

O mesmo nível de responsabilidade deve ser atribuído a todas as chefias, cabendo a elas obrigatoriedade para que os materiais básicos de higiene, como álcool gel e sabonete, sejam disponibilizados em quantidade suficiente e a tempo para todas as unidades do Incaper que ainda estão em funcionamento, tratando o caso como de proteção ao trabalhador, sob pena de caracterização de doença decorrente do trabalho.

Não podemos, ao contrário da autoridade máxima do País, desacreditar que o coronavírus alcançou todo o Brasil. Não somos irresponsáveis. Sabemos que os riscos vão além da contaminação. Afinal, o modelo ultrapassado de políticas de austeridade, somado à demonização do trabalhador, também contribuíram para que a sociedade fosse atingida pela pandemia.

A exigência de atestados em prazos exíguos, corroborando a desconfiança com o trabalhador, assim como a ausência de materiais mínimos para higiene e a ausência de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são exemplos simples de descaso e de descuido, não atual, mas desde sempre, com o trabalhador.

Estamos em isolamento em nossas casas, todavia, com o dever de continuar mantendo a máquina pública em movimento e, de forma mais alarmante, não tendo o básico para trabalhar: sem máscara, sem álcool e sem testes em massa, correndo o risco de ter o salário reduzido ou cortado, durante esse período.

Essa crise sanitária vai passar, mas será mais rápida se nos conscientizarmos cada vez mais e com a responsabilidade de preservar a nossa vida e a do outro até o final dessa pandemia mundial. E o melhor, sairemos de forma ilesa, porque fizemos nossa parte. Estando prontos para a próxima luta: reerguer o País.

A nós, resta nos protegermos e, assim, proteger nossos familiares, amigos, colegas e o outro. Fiquem em casa.

Contamos com a colaboração de todos!

 

Join the discussion 2 Comentários

  • LUIZ A BASSANI disse:

    🙏🙏🙏🙏🙏👏👏👏👏👏

  • Alzira Ferreira Tinelli disse:

    Fiquei em casa sim hoje precisei ir ao PA em uma emergência para um membro da família. Tá o paciente foi atendido mas a médica, falou que não era para ter ido, porque os pacientes que ali estavam eram de suspeito do covd. Liguei para o SAMU ele me orientou que tem que levar em um carro particular porque eles não estão, fazendo remoção em residência. Então fiquei em casa porque o sistema de saúde, publicar e precário. Estamos contando com todo apoio do sindicato e da assin. Só vamos vencer se agirmos com bom senso.

Deixar um Comentário