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O destino do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) depende do protagonismo de seus servidores(as) em querer fazer acontecer um novo futuro

Por 16 de novembro de 2019Assuntos Gerais, Coluna dos Associados

Por Adolfo Brás Sunderhus*

 

Comemorar os 63 (sessenta e três) anos do Incaper para nós servidores (as) significa cravar no tempo a Extensão Rural e a Pesquisa pública oficial Estadual, reconhecendo-a enquanto política pública, e a toda sua história construída pela coragem, determinação, perseverança e compromisso de seus servidores e suas servidoras no dia a dia com as famílias rurais.

É inegável a participação e a contribuição direta dos servidores Incaper para o desenvolvimento social e crescimento econômico do Estado. A cada ano esta ação vem sendo mais e mais demandada pela agricultura familiar, o que expressa um claro reconhecimento e valorização desta política pública pelos agricultores (as), imprescindível para se construir uma agricultura sustentável e de excelência, que ocorre muito mais pela determinação e compromisso desses (as) servidores (as), do que pela efetiva ação do Estado e de governos em seus mandatos.

O Governo do Estado – apenas mudou o “donatário” do poder – vem limitando e estreitando a ação desses (as) servidores (as) em seu compromisso público com a sociedade do campo e da cidade. Um retrocesso político e social, que leva a relação servidores (as) x governo, que nunca foi fácil, a se deteriorar a olhos vistos, principalmente pela manutenção das velhas práticas e a tentativa de se impor um Estado mínimo a uma Autarquia que necessita ter qualidade e quantidade de pessoal suficiente a ofertar serviços públicos eficientes a uma sociedade que cresce a uma velocidade gigantesca.

Infelizmente vivemos um forte desreconhecimento da historia e da grandeza da política do serviço público ofertado pelo Incaper, que mingua a olhos vistos pela falta de servidores, pelo corte de verbas e pelo sucateamento de seus escritórios, laboratórios e fazendas. Hoje o Incaper, como Autarquia, agoniza por falta dos mínimos recursos para se manter funcionando.

Essa prática do Governo significa não querer reconhecer e enxergar os diferentes níveis de crescimento, desenvolvimento e de revolução local e regional, que se estabeleceram na vida social produtiva econômica e ambiental das famílias e de suas organizações de representação social no meio rural no Estado por esse serviço público.

O Estado não pode amputar e aniquilar a ação do Incaper e de seus (as) servidores (as) junto aos agricultores (as), familiares e suas organizações, retirando e negando a todos (as) que fazem parte deste processo, o seu direito a serem protagonistas de sua história, e somente a partir da Ater e da Pesquisa do Setor Público Agrícola Oficial e Estadual é que o Estado pode caminhar para alcançar a realização plena de sua ação.

Priorizar a Ater e a Pesquisa pública oficial e estadual para agricultura familiar e camponesa, mostraria que o Estado está comprometido com sua dimensão social produtiva econômica e ambiental, com sua inserção no mercado, com a produção de alimentos sadios e com a segurança alimentar e nutricional das famílias da roça e da cidade, assim como com os servidores (as) que levam e discutem com agricultores (as) esta política pública.

Em nosso entendimento o Estado precisa, antes de propor mudança, pensar junto com a sociedade e com os (as) servidores (as) públicos (as) que tipo de política pública e de ação são necessárias para que todos e todas possam alcançar sua felicidade e qualidade de vida, hoje e sempre. Todavia, como sabemos, o posicionamento do Estado somente mudará caso seja pressionado a fazê-lo, e isso somente se dará caso nós, enquanto companheiros (as), camaradas ou simplesmente servidores (as) públicos (as) – como queiram – estejamos social e politicamente alertas, organizados e presentes.

 

* Diretor da Associação de Servidores do Incaper (Assin) e servidor público aposentado do Incaper.

 

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