O segundo dia do seminário “O Incaper que queremos – com os servidores (as) e com a agricultura” foi marcado principalmente por representantes da agricultura familiar. Eles participaram da mesa “O futuro da Ater e da Pesquisa pública do Incaper na visão dos agricultores (as) familiares do estado. Os convidados para debater o tema foram a agricultora Selene Tesch e o agricultor e coordenador da Fetaes José Isidoro.
Selene recordou alguns momentos em que o Incaper foi essencial para os agricultores e agricultoras, como quando ofereceu capacitação, orientação para produção e outros serviços para os trabalhadores e trabalhadoras comercializarem seus produtos na cidade, em espaços como shoppings e feiras agroecológicas nos bairros.
José Isidoro afirmou que a realização do seminário é um momento histórico para o Espírito Santo. “Lembro que a agricultura levantou a cabeça no Espírito Santo quando houve partiu do Incaper um planejamento estratégico para o Espírito Santo, o PEDEAG. Depois de um tempo o Incaper passou a receber menos investimento e o nosso estado passou a olhar para baixo, como ainda estamos fazendo hoje”, diz.
José Isidoro defende mais investimentos no Incaper por parte do governo do estado. “Sucatear o Incaper é tirar o é do acelerador da agricultura. Investir é fazer a agricultura ganhar velocidade. O governo não pode falar em desenvolvimento econômico sem falar em investir no Incaper”, enfatiza.
Segundo José Isidoro, as propostas feitas a partir do seminário podem ser o início de uma nova caminhada na agricultura capixaba. Essa nova caminhada, para Selene, deve ser pautada na construção da Ater do futuro. “Essa Ater deve ter como algumas de suas características a diversificação dos produtos, o incentivo à agroindústria em vários segmentos, respeitando a cultura local, entre outras”, diz.
Grupos de Trabalho
À tarde os servidores e servidoras se dividiram em quatro grupos de trabalho cujas temáticas foram: “Editais e convênios: ameaças e oportunidade e como mitigar suas ameaças para potencializar as ações da Ater e pesquisa junto aos agricultores familiares”, Integração pesquisa x Ater: onde estamos, o que temos e como evoluir”; “Estruturas operacional e organizacional de Ater e pesquisa: sua realidade e como atingir a necessidade e o ideal”; e “A sustentabilidade da Ater e da pesquisa na estado: pessoal, gestão, interferências políticas e as relações com a sociedade”.
Alem disso, as familias vivem da venda de produtos que plantam. Portanto, a agricultura e uma importante fonte de renda familiar, a qual surge do trabalho em equipe realizado no campo.