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Carrinho

Quem somos e onde devemos estar?

Por 14 de novembro de 2016Assuntos Gerais, Coluna dos Associados

Autor: Samir Seródio Amim Rangel, agente de extensão em desenvolvimento rural, ex-presidente da Associação dos servidores do Incaper (Assin).

 

O texto que remeto é uma reflexão que realizo diante de minha vida funcional à frente de uma atividade que a história me pemite dizer: é digna, por atender a quem nos faz viver. Ou seja, os agricultores que produzem 80% dos alimentos que estão na nossa mesa, são os agricultores de base familiar. Em síntese, este texto objetiva exercer debates para o apoio ao desenvolvimento rural do Estado do Espírito Santo. Dirijo-me diretamente aos extensionistas rurais, agentes de suporte e pesquisadores que contribuem diretamente para a vida social e a sustentação econômica dos municípios do Estado do Espírito Santo, e ao capixaba que sabe a força dos seus municípios.

Ao longo dos anos, e mais recentemente, viemos nos deparando com o desamparo ao serviço que atende aos agricultores no Espírito Santo. Essa é a preocupação e o receio que rogo ao leitor para uma reflexão detalhada da conjuntura atual. Não podem conjunturas nacionais afetarem um Estado que se encontra com seu orçamento em dia. Não é possível afetar diretamente quem tanto contribui para tanto, ou seja, os agricultores e todos os envolvidos ao longo desse processo.

O Espírito Santo é, em todas as suas dimensões do desenvolvimento, um estado rural. Eu poderia nesse texto tecer inúmeras páginas para provar isso, mas serei simplório e direto: qual o movimento social, cultural e econômico do nosso Estado?

Primeiro, o Estado do Espírito Santo se consolidou ao longo de sua história por ser um território composto com as melhores distribuições fundiárias do país – e não que isso retire a necessidade da luta agrária que os povos e comunidades tradicionais realizam e que são justas -, mas destaca o que os pequenos agricultores sempre realizaram e realizam ao longo dos dois últimos séculos a este Estado.

Não é necessário destacar a importância histórica, sociológica e econômica da agricultura tida como familiar à formação do estado do Espírito Santo, nem à sua importância atual como a futura. Mesmo que muito tenha de ser feito. E isso justifica mudanças, mas não como tem sido feito, de opressão sobre instituições que atendem à agricultura familiar do Espírito Santo.

Portanto, camponeses historicamente ignorados, agricultores familiares, funcionários de empresas e autarquias públicas vinculadas ao desenvolvimento do Espírito Santo, e do rural em específico, empresários em geral. Todos temos que demonstrar apoio à manutenção do suporte, da assistência técnica, extensão e pesquisa que movimentam a vida social e economia do Espírito Santo. Melhorias sim, mas não denegrindo o papel do campesinato que fez a história deste Estado.

Nós, servidores do Incaper, devemos apoiar, aderir e apoiar a manutenção deste Instituto, pois devemos ter consciência prática de quem somos, da nossa importância e do que queremos ser para a manutenção do Espírito Santo. Estejamos todos juntos às mudanças para melhorias dos nossos serviços prestados.

Paz Profunda

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  • Emanoel Chequetto disse:

    Parabéns pelo texto Samir. Sabermos quem somos, para quem trabalhamos e, principalmente, qual a nossa função social é compreender a ótica do desenvolvimento rural sustentável como um todo e, assim, dar continuidade a luta contra desmonte da ATER pública gratuita.

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