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Carrinho

Somos seres livres e libertos

Por 16 de março de 2022Assuntos Gerais, Coluna dos Associados

Texto escrito por Adolfo Brás Sunderhus

(Engenheiro agrônomo, servidor público aposentado Incaper)

Enquanto servidores/as da ATER e da Pesquisa Pública do Incaper vivemos um momento de desafios – e diria de combate – diante de um governante que ainda não se deu conta de que esses/as profissionais são, na verdade, pessoas libertas das amarras ditadas por um regime de governo que nega o diálogo construtivo, negando assim sua própria fala política. E não falo aqui de compromisso.

Sentimos muito mais esta negação diante de uma fala política que, diante de tudo que estamos passando, beira a falta de respeito e covardia:

“A agricultura familiar depende da presença dos entes públicos que dão orientação e subsídio as atividades”.

Essa foi a fala do governador Renato Casagrande durante o lançamento do 4º FUNSAF, que tem seu sucesso, em sua grande parte, à dedicação e ao compromisso dos/as servidores/as públicos/as do Incaper. Ao que parece, esse “senhor” quer se colocar bem diante da classe política e da sociedade mostrando estar “compromissado” com um novo modelo de gestão pública. Na verdade ele se encontra longe, muito longe, dessa forma de gestão.

E por não ter essa sensibilidade, insiste em dizer que faz uma gestão pública cujo compromisso é acabar com a velha prática de atitudes centralizadas e de acordo com a vaidade política. Mas o que temos é o que mantém o olhar somente a partir da sua vontade e vaidade, fortalecendo toda truculência de um poder público opressor, que se instalou, desde 2003, contra os/as servidores/as públicos/as do Incaper e que se irradia a cada quatro anos como uma célula cancerígena sem controle e que quer de toda sorte abater esses/as servidores/as e a política pública para Agricultura Familiar, tão importante e necessária para a sociedade capixaba.

Os/As servidores/as do Incaper são os/as únicos/as servidores/as públicos/as a levar para as famílias rurais do Estado o conjunto das políticas públicas capazes de promover a inclusão social, o desenvolvimento sustentável local e territorial, a organização da produção e as trocas de experiências e saberes; aliando a pesquisa cientifica ao conhecimento do agricultor, à formação e à qualificação dos/as trabalhadores/as jovens da roça e dos/as agricultores/as familiares, proporcionando novas oportunidades como a transformação dos alimentos pela agroindústria, a abertura e a consolidação de mercados e o fortalecimento de suas organizações sociais e de representação.

Ou seja, são esses/as servidores/as que cuidam das pessoas no meio rural e se responsabilizam pela saúde das pessoas no meio urbano quando oportunizam uma matriz de produção de alimentos limpos e sadios e o cuidado com a terra e com a água.  Poucos/as têm o conhecimento, o olhar e a capacidade que os/as servidores/as do Incaper têm sobre o meio rural capixaba.

O Espírito Santo é de todos e todas; é, também, o local que acolhe multidões de mulheres e homens; de jovens, de crianças e de idosos/as. Não queremos mais voltar a viver em “colônias ou em impérios” cujos “senhores da Casa-Grande” se julgam donos de tudo e de todos/as, para alimentar sua vaidade, sua soberba e ostentar um poder que não lhes é de direito.

O corpo e a mente dos/as servidores/as públicos/as do INCAPER não pertencem a este e a nenhum governador de plantão. Estamos aqui comprometidos/as com o desenvolvimento sustentável rural para todos e todas, na roça e na cidade. É ilusão achar que somos propriedade privada da vontade daqueles e daquelas que se julgam nossos/as representantes políticos.

Uma certeza é forte: aquela de que nossa história, nossa determinação e nossa vontade não serão vencidas por aqueles/as que não têm história para contar.

Somos ASSIN, por isto estamos juntos/as sempre. Livres e Libertos!

 

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