O Conselho Deliberativo da Federação nacional dos Trabalhadores de Assistência Técnica e Extensão Rural e do Setor Público Agrícola do Brasil (Faser) realizou a 3ª reunião anual da entidade, que aconteceu em Aracaju (SE), de 14 a 16 de setembro. Um dos principais assuntos a ser discutido foi a conjuntura atual do sistema público nacional de apoio à agricultura familiar e, em especial, o serviço público de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).
Debate com o presidente da Contag, o coordenador da Fetraf e o representante da AS-PTA
O presidente da Associação dos Servidores do Incaper (Assin), Edegar Formentini, compareceu, representando a Associação. A reunião teve a presença do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contaga), Alberto Ercílio Brock, o Coordenador Nacional da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Marcos Rochinski, o coordenador do Programa de Políticas Públicas da Associação de Tecnologias Alternativas (AS-PTA), Jean Marc von der Weid, o presidente da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Argileu Martins da Silva, e representantes dos trabalhadores da Extensão Rural de 15 estados Brasileiros.
Durante as discussões, chegou-se à conclusão de que a conjuntura nacional, no momento, não é nada favorável à agricultura familiar e ao serviço de extensão rural. Foi unânime, de todos os debatedores, de que a proposta do governo federal é de concentrar o apoio a 11% dos agricultores brasileiros considerados por este governo como viáveis.
Já o apoio aos 89% restantes dos agricultores, considerados inviáveis economicamente pelo governo Temer, ainda não tem um destino certo. A Agência Nacional de Ater, criada para organizar os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural no Brasil, está jogada dentro da Secretaria Especial criada para substituir o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Diante desta situação, os movimentos sociais ligados ao campo estão se articulando para fazer um enfrentamento ao governo Temer e recuperar as políticas públicas tão importantes para o desenvolvimento da agricultura familiar entre elas os serviços de Ater.
“A Faser, consciente de seu papel histórico, está inserida nesse debate e se preparando para qualquer enfrentamento que se fizer necessário. É importante que a Assin se mantenha atenta e preparada para ajudar nesta luta”, disse Edegar.
