Em 15 de julho de 2015, a Associação do Servidores do Incaper (Assin) publicou um texto sobre a necessidade de os órgãos públicos darem atenção à educação no campo. A matéria mostrava o quão atrasado é o nosso modelo educativo, que prioriza sempre os centros urbanos, assim como acontece com a saúde e o transporte, e como ele é voltado para um sistema de consumo, ao invés de formar as pessoas para a vida em sociedade.
No texto, fizemos uma ligação entre a necessidade em dar suporte à educação no campo com o conceito de cidadania do cientista político José Murilo de Carvalho, para quem o cidadão pleno é aquele que está munido de direitos sociais, políticos e civis. Fizemos questão de frisar que ainda há muitos “cidadãos incompletos” espalhados pelo Brasil.
A Assin também mostrou o trabalho feito pelo Movimento Sem Terra (MST), que alcançou números surpreendentes no ano passado, com um modelo educativo que prioriza a formação de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.
E o mesmo MST que apresentou ótimos resultados na educação em todo o país, está hoje lutando para que os produtores rurais não percam seu maior tesouro. O governo do Estado está fechando várias escolas e fundindo turmas no interior do Espírito Santo, processo semelhante à chamada “reorganização escolar”, feita em São Paulo.
Desde o dia 16 de fevereiro, o MST está na porta da Secretaria de Educação do Espírito Santo (Sedu), reivindicando uma reunião com o secretário Haroldo Rocha, para cobrar a reabertura das escolas. Até agora, o governo tem adiado esse debate e descumprido compromissos com os manifestantes.
E com isso, temos milhares de famílias espalhadas pelo Espírito Santo sendo prejudicadas com essa medida e muitos jovens estão sendo privados de seu direito ao estudo. A Assin manisfesta apoio ao coletivo que é conduzido pelo MST. A educação no campo merece respeito!