Não é novidade alguma que o Incaper sofre com problemas de gestão há algum tempo. O desmonte dos serviços de assistência técnica, extensão rural e pesquisa agropecuária aplicada, realizados pelo governo Paulo Hartung tem suas raízes na ingerência das políticas que conduziram a instituição. A passagem de Marcelo Suzart agravou ainda mais essa situação.
As histórias de ingerência são longas. Suzart usou a máquina pública em programa eleitoral durante as eleições do ano passado, promoveu práticas antissindicais com atos de intimidação contra servidores que participaram de movimentos. De forma seletiva e antidemocrática realizou uma festa em comemoração aos 60 anos do Instituto. Prometeu e nada fez quanto às condições precárias de trabalho e de infraestrutura, fez a cessão de escritórios com fins questionáveis, e promoveu diversas transferências de servidores sem a devida publicação de edital de localização que permitisse um processo transparente e democrático.
Suzart descumpriu os acordos firmados no Ministério Público do Trabalho durante a greve de 2016. A gestão de Suzart elaborou uma proposta de reestruturação organizacional sem diálogo com os servidores.
Não bastasse isso, a instituição sofreu corte no seu orçamento de custeio de mais de 50% desde 2015, orçamento esse que já era limitado para atender a população, e contabiliza no período de três anos, seis presidentes à frente da instituição. Além da descontinuidade dos serviços, que por si só já agrava o quadro, as mudanças de comando na gestão do Incaper podem representar a dificuldade de gerir uma instituição com limitação orçamentária.
E por fim, já nos últimos dias de sua gestão, Suzart solicitou a saída da Associação dos Servidores do Incaper da sala localizada no anexo da autarquia, desconsiderando uma relação de parceria de mais de 30 anos entre o Instituto e a ASSIN.
A ASSIN vem, ao longo do tempo, acompanhando as ações conduzidas pelas diretorias do Instituto com o objetivo de contribuir para o debate dos rumos a serem tomados, no sentido de tornar o Incaper uma entidade sustentável em todos os seus aspectos. Nesse sentido nos preocupa a passividade do governo frente à resolução dos problemas e a falta de diálogo com os servidores.
Diante disso, esperamos que a gestão do novo diretor presidente do Incaper caminhe na direção da valorização do servidor e na defesa do instituto para que de fato se coloque em prática sua missão: a promoção e o desenvolvimento da agricultura familiar no Espírito Santo.
Esperamos realmente uma gestão realmente que represente a grandeza do Incaper que os seus servidores tenham o reconhecimento merecido pois do jeito que está teremos que em breve sair pedindo auxílio diversos ao povo capixaba isto é queremos melhorias salariais urgente.