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Nossa terra, nossa gente

Por 19 de abril de 2017Assuntos Gerais

A luta pelo respeito e pela preservação das tradições indígenas é urgente. Um povo que deveria ser cada vez mais ouvido tem sido silenciado. E a prova de que temos muito que aprender com os índios é o extensionista Luiz Carlos Pereira do Sacramento, que atua em Aracruz, município onde estão localizadas as duas etnias indígenas do Estado, os tupiniquins e os guaranis.

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“Há uma harmonia no ambiente de trabalho e uma hospitalidade também. O índio é muito sensível e por isso temos muito cuidado na hora de nos comunicar. Precisamos entender a sua linguagem corporal, os gestos muitas vezes falam mais que a linguagem oral. Depois desse primeiro contato, percebemos o amor pela terra, a solidariedade e o orgulho pelas conquistas, principalmente territoriais”, conta Sacramento.

E essa busca pela independência é um dos principais objetivos dos trabalhos do Incaper, “queremos mostrar para a sociedade o real valor indígena e cobrar do Estado políticas públicas específicas”, reforça Sacramento. Outro cuidado do Incaper é sempre respeitar as tradições, os costumes e a cultura desses povos.

Os trabalhos que o Instituto desenvolve com essas comunidades são baseados em princípios agroecológicos, agregando valor aos produtos agrícolas, como milho, feijão, hortaliças, mandioca, aroeira, café, pimenta-do-reino, peixes, entre outros, gerando benefícios socioeconômicos.

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Nas comunidades indígenas não há ganância, então não há projetos para aumentar a produtividade visando apenas o lucro. Os índios querem plantar, colher e viver em paz com a natureza. O desenvolvimento do nosso trabalho requer uma relação franca e respeitosa com essa comunidade. “Precisamos estar em sintonia com as lideranças e assim construirmos juntos um plano de ações adequado à realidade das comunidades e do Incaper”, finaliza Sacramento.

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