Homenagem ao dia do aposentado

Estar aposentado não é sinônimo de estar inativo, ou na reserva como alguns falam. Muito pelo contrário, o período de aposentadoria é um momento merecido para se estar ainda mais ativo, próximo a família e se divertir e fazer tudo que sempre sonhou. Afinal, foram muitos anos de luta e de rotina, agora é a hora de apenas relaxar e contar histórias do tempo trabalhado.

É isso que pensa Leondenis Jose de Mattos, que trabalhou 38 anos para o Incaper e se aposentou em 2011. Hoje, ele é Diretor do Núcleo dos Aposentados da Assin e está longe de ser inativo. Ele trabalhou a maior parte do tempo em Afonso Cláudio, na elaboração de projetos e possui duas especializações, a primeira em Irrigação e Drenagem e a segunda em Gestão e Manejo Ambiental em sistemas agrícolas.

“Sempre fui muito curioso e muito proativo, não consigo ficar parado. Agora que estou aposentado não é diferente, estou nesse cargo junto aos aposentados, continuo atuando na Assin e fazendo trabalho voluntário na Igreja. Quando tenho um tempo livre me dedico a leitura, leio até 3 livros de uma vez e a maioria são livros técnicos pois continuo estudando”, conta Liondenis.

Ele lembra que quando foi convocado para se aposentar tomou um susto, porque não tinha percebido que já era chegada a hora. “Não estava preparado para deixar o trabalho que amo e pedi um tempo de 6 meses para pensar e esses 6 meses viraram 3 anos”, diz rindo. Mas depois de 38 anos de trabalho, ele entendeu que não iria ficar parado e que era o momento para novos desafios.

Esse também foi o caso de Isabel Medeiros, servidora do Incaper durante 30 anos ela trabalhou em Barra de São Francisco e em Vitória e se aposentou em 2012. “Estou aproveitando meu tempo livre para me cuidar mais fazendo atividades físicas, viajando, dançando, e, claro, estando mais junto dos amigos e da minha mãe. Eu rio muito, amo muito e vivo muito”, diz Isabel.

Mesmo aproveitando a nova fase de aposentada, Isabel gosta de relembrar os tempos do Incaper, onde trabalhou como escriturária e também realizou diversos trabalhos administrativos, até auxiliar em cursos de corte e costura e pintura em tecido, que não era sua área, mas tinha conhecimento e estava sempre pronta para ajudar onde fosse preciso.

Os dois não concordam com o termo inativo e Liondenis até pediu que fosse mudando dentro do Estatuto do Incaper. “Aposentado é aquele que cumpriu uma missão e continua ativo para cumprir muitas outras”, explica o associado. Ele também está sempre incentivando que os outros aposentados estejam animados para participar de todos os eventos, festas e atividades da Assin.

Isabel também se lembra dos colegas de trabalho como uma grande família, que estava sempre junta compartilhando os desafios do dia a dia. Ela diz que sente saudades do companheirismo, das festas e das saídas para barzinhos nos finais de semana. “Éramos muito unidos, não existia ‘minha responsabilidade’ era ‘nossa responsabilidade’. A ajuda era mútua”, lembra.

Mesmo trabalhando em um ambiente de trabalho prazeroso, Isabel estava preparada para se aposentar: “Estava feliz quando meu momento chegou, pois ainda tenho muita saúde para aproveitar ainda mais a vida”. Para aqueles que ainda têm uma missão no Incaper, Isabel deixa uma mensagem: “Vistam a camisa do Instituto e dispam-se do individualismo. Peça ajuda e ofereça ajuda sempre”.

Liondenis também aconselha a aproveitar os momentos no Incaper porque 35 anos passam rápido demais. “A luta dentro e fora do Instituto deve continuar sempre para garantirmos os nossos direitos e do agricultor”.

Hoje, neste dia Nacional do Aposentado, e em todos os outros dias devemos respeito e valorização a esses trabalhadores que ajudaram na construção da história do Incaper. É por isso que continuamos, juntos, na luta em defesa da paridade entre ativos e aposentados e para barrar os ataques à previdência.