Você já imaginou um filtro que seja capaz de absorver elementos prejudiciais, como bactérias, vírus e pesticidas? Já pensou também em ganhar um prêmio importante por isso? Foi o que aconteceu com Askwar Hilonga, engenheiro químico nascido na Tanzânia.
Através do uso de nanotecnologia e areia, Askwar disse à BBC que a invenção foi inspirada nas dificuldades enfrentadas em seu país e que ela pode ajudar 70% das residências que não têm acesso a água potável na Tanzânia. O filtro manipula nanomateriais para remover elementos contaminantes, de acordo com a fonte da água, podendo remover em até 97% dos seres microscópicos.
Ele ganhou o prêmio pela Royal Academy of Engineering, que reúne profissionais de engenharia do Reino Unido, no valor de US$ 38,3 mil, equivalente a R$ 115 mil. A instituição quer colaborar com engenheiros da África Subsaariana para desenvolver negócios capazes de resolver os problemas da região. “Essa inovação pode mudar a vida de muitas pessoas na África e ao redor do mundo”, disse o juiz Malcom Brinded, líder do comitê de avaliação da premiação.
De acordo com Askwar Hilonga, o filtro custa atualmente US$ 130, porém, com o prêmio, esse custo poderá ser reduzido. “Para quem não pode pagar por um filtro, criamos estações onde as pessoas podem comprar água a um preço acessível.”