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Dia Mundial da Saúde e Segurança no Trabalho: Reflexão à Luz da Pandemia

Texto escrito por Adolfo Brás Sunderhus* e por Thanany Machado Dario**

Nada melhor para refletirmos sobre a importância da saúde e do trabalho e suas relações do que lembrarmos de alguns ditos populares que fazem parte de nossa cultura: “a saúde não tem preço”; saúde é um bem precioso”; “trate primeiro da saúde que diamantes são pedras”. E assim vai…

Mas uma me chama a atenção para o momento em que vivemos: “não há saúde sem satisfação, nem alegria sem cuidados”. A Pandemia nos tirou satisfações e prazeres pessoais, familiares e coletivos importantes e trouxe uma forte reflexão da necessidade de cuidados que antes passavam despercebidos e até ignorados.

O dia 28 de abril, para além de uma data comemorativa, sinaliza a necessidade de um forte estímulo à mudança de hábitos e comportamentos e, sobretudo, de um diálogo continuo sobre Segurança e Saúde no Trabalho envolvendo empregadores/as, trabalhadores/as e poderes públicos do executivo, legislativo e judiciário.

Aumentar o processo de conhecimento e conscientização sobre o tema é de extrema necessidade, mas fundamental é a adoção de políticas públicas e práticas seguras nos diversos ambientes de trabalhos, onde devem ser incluídos programas, planos e ações comprometidas com a saúde e a segurança dos/as trabalhadores/as do serviço público e da iniciativa privada.

Abril é um mês marcante. O dia 07 foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial da Saúde e o dia 28 foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. No Brasil, a Lei nº 11.121/2005 instituiu o mesmo dia como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Um mês expressivamente rico para construirmos um debate proativo e saudável sobre o tema e suas implicações no dia a dia de toda sociedade.

Esta singularidade com o momento crítico da pandemia do novo coronavírus (e da Covid-19) chama toda sociedade e, em especial, a classe trabalhadora e o Estado, a terem a Saúde e a Segurança no Trabalho como a sua bandeira de luta, com princípios e valores fundamentados em ações que possam garantir as pessoas que precisam trabalhar que o façam em ambientes seguros para desenvolver suas atividades e compromissos com a sociedade. E não só agora, mas sempre.

Esta realidade, que vivemos desde 2019 e que agora se acentua, exige de cada um/a a adoção de uma cultura única com o firme propósito do compromisso coletivo a obtermos um ambiente de trabalho seguro e saudável e respeitado por governos, pelos/as trabalhadores/as e pelos/as empregadores/as, pois estamos todos e todas no mesmo barco, diante de uma grande tempestade, e é hora de nos revezar com humildade em sermos ao mesmo tempo “comandantes e marujos” do grande barco que nos acolhe a Terra, onde a prioridade absoluta é a vida.

O benefício da prevenção pode ser resumido no quadro lançado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) em suas mídias sociais, para homenagear o diaMundial da Segurança e Saúde no Trabalho. Vejamos:

O trabalho quando feito em um lugar que permita a construção da saúde e da segurança torna-se um ambiente motivador onde todos e todas se tornam-se mais comprometidos, mais criativos em sua capacidade e capazes de melhores resultados.

Investir em ambientes desta natureza significa não somente um ganho de natureza econômica, mas, em especial, na contribuição pessoal e coletiva de seus/suas trabalhadores/as com o desenvolvimento sustentável para toda sociedade. Este impacto positivo na vida de todos e todas que dela participam é infinitamente menor que o custo advindo de ambientes insalubres e sem as condições de segurança que afetam toda a empresa e, em especial, a seguridade social e ao sistema de saúde, com fortes alterações sobre os colegas, familiares e a toda sociedade.

Hoje, com a pandemia provocada pela Covid-19, esses problemas têm se tornado infinitamente maiores e exigido ações fortes de enfrentamento, principalmente em razão da ampliação dos distúrbios psíquicos, físicos e de relacionamento interpessoal.

Estamos todos e todas vivendo um momento de forte ansiedade e abalo e assim devemos juntar nossas ações no propósito de manter um ambiente de trabalho sadio e seguro com redução dos possíveis riscos. Esta deve ser nossa bandeira de luta, não somente agora, mas sempre. É uma ação inteligente e preventiva.

É por isso que devemos nos lembrar sempre: “saúde cuidada, vida preservada” e “não há saúde sem satisfação, nem alegria sem cuidados”.

* Adolfo é engenheiro agrônomo, Extensionista Rural aposentado do Incaper, e operário da terra. Segundo ele, aprende com o saber das famílias da roça, suas práticas e experiências. Escreve o que acredita e o que sente.

** Thanany é advogada trabalhista e da Assessoria Jurídica da ASSIN.

 

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