Os servidores do Incaper realizaram, nesta terça-feira, 15, Assembleia Geral Permanente durante a reunião da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). Como resultado dessa conversa, a proposta do presidente da Associação dos Servidores do Incaper (Assin), Edegar Formentini, de abertura de diálogo entre a Associação, Seger e a Seag, foi aceita por unanimidade pelos deputados que compõem a comissão.
As galerias e o plenário da Ales ficaram lotados de servidores e produtores rurais que comparecerem para dialogar com os deputados sobre a situação precária que se encontra o instituto e os motivos pelos quais levaram à greve deflagrada em 1º de junho. Ao todo, mais de 180 pessoas compareceram.
Formentini iniciou as apresentações, mostrando o quadro atual da agricultura no Estado, sua importância e desenvolvimento, apresentando número oficiais do governo e em seguida expôs a pauta dos servidores, que estão sem reposição das perdas salariais, que já chega a 20%; as condições precárias dos escritórios locais e a cota de combustível que não dá para atender com qualidade os produtores rurais e a falta de equipamento de proteção individual (EPI).
Em seguida, o coordenador-executivo da Faser, Adolfo Brás Sunderhus, falou sobre a importância da extensão rural como um sistema de aproximação do governo com a população e ressaltou a insensibilidade e a falta de diálogo por parte do governo do Estado. Ele encaminhou um manifesto aos deputados para ser entregue ao governador, denunciando a forma como a agricultura tem sido tratada no Espírito Santo.
O secretário de assuntos jurídicos do Sindipúblicos, Amarildo Batista Santos, também falou, ressaltando a pauta dos servidores do Estado, que também é parte da pauta dos servidores do Incaper e criticou os números gastos pelos Estado em publicidade e a isenção fiscal. Santos também disse que o sindicato vai entrar com uma denúncia junto a órgãos internacionais sobre as condições de trabalho das fazendas do Incaper.