Os servidores do Incaper estão convocados para a Assembleia Geral Extraordinária do Sindipúblicos, que acontece nesta segunda-feira, 27, a partir das 9h30, no Centro de Treinamento Dom João Batista (Alameda Irmã Nieta, s/nº Praia do Canto, Vitória). Na pauta, avaliação da nova proposta do governo para suspensão do movimento de greve, feita durante audiência realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) entre os servidores e representante da Seger nesta sexta-feira, 24 de junho.
O movimento grevista dos servidores do Incaper foi deflagrado no dia 1º de junho, durante assembleia, votado pela maioria. Até agora, já somam mais de 80% dos escritórios locais e regionais e nesta quinta-feira, 23, os pesquisadores declararam apoio à greve.
A luta dos servidores também foi abraçada pelos movimentos sociais, sindicatos de trabalhadores rurais, agricultores, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a população em geral. Na última quarta-feira, 22 de junho, duas manifestações, em Nova Venécia e Cachoeiro de Itapemirim, reuniram mais de 1.200 pessoas apoiando o movimento grevista, caminhando junto com os servidores do Incaper em suas reivindicações.
A Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) também declarou seu apoio aos servidores, acatando a proposta do presidente da Associação dos Servidores do Incaper (Assin), Edegar Formentini, de abertura de diálogo entre a Associação, Seger e a Seag.
Reivindicações
A decisão pela greve partiu da maioria dos servidores presentes na assembleia do dia 11 de miao, depois de analisarem os resultados da reunião do dia 10, realizada entre Seag, Assin, Incaper, Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger) e um representante da Comissão de Carreiras do governo do Estado.
Uma das reivindicações principais, a correção imediata das perdas salariais, em função do desgaste inflacionário, que já somam mais de 20% após a correção de abril de 2014, teve aceno negativo durante a mesa de negociações. A alegação do governo é não ter condições de realizar o aumento em função da crise econômica e do caixa do Estado.
Outro item da pauta é a valorização do servidor e da agricultura familiar. Os servidores do Instituto atualmente não contam com equipamentos de proteção individual (EPI) adequados e desde o ano passado, têm enfrentado problemas com a cota máxima de combustível, que é insuficiente para o atendimento dos produtores rurais.
A categoria é contra a terceirização dos serviços de assistência técnica e extensão e também apoia a pauta do Sindipúblicos, que pede a revisão atual dos salários, prevista na lei (data-base); o recebimento do auxílio-alimentação, que é direito dos servidores púbicos e a negociação coletiva.
Compareçam e contribua para o nosso movimento!