No dia 27 de julho, a Agência Brasil divulgou em seu site que o Brasil conseguiu atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio relacionados à fome e à pobreza. Em entrevista para a Rádio ONU, a especialista do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Renata Rubian, justificou o avanço do País, afirmando que o Brasil pensou além das metas estabelecidas.
A especialista afirmou também que, apesar das conquistas, há muito o que se trabalhar em determinadas regiões do Brasil: “O que a gente vê é que o Brasil já atingiu a meta internacional de redução da pobreza extrema, de US$ 1,25 (por dia de trabalho). Mas existem vários desafios que são as regiões do Nordeste e do Norte, onde a incidência de pobreza extrema ainda é um problema agudo e crônico”.
Um dos segredos para o sucesso foi revelado por Renata Rubian, a agricultura familiar. A História do Brasil mostra o quanto o País foi marcado por explorações de diversos recursos, como o ouro, a borracha, a cana de açúcar e o café. Por anos, o País foi (e ainda é) território dos grandes latifundiários.
Nos últimos 20 anos, porém, o cenário teve uma mudança, mesmo pequena, mas significativa. De acordo com a ONU Brasil, em 2013, a agricultura familiar representava 77% dos empregos no setor agrícola. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o setor englobava, até o ano passado, cerca de 4,3 milhões de unidades produtivas (84% do total) e, aproximadamente, 14 milhões de pessoas ocupadas, representando 74% das ocupações distribuídas em 80.250.453 hectares.
Mas o valor mais significativo está nos lares brasileiros, mais precisamente em suas mesas: a agricultura familiar responde por 70% dos alimentos que consumimos. Tudo produzido com o máximo de cuidado possível com os produtos, livres de agrotóxicos. Ou seja, há uma grande preocupação com o desenvolvimento sustentável de quem os produz e de quem os adquire.
Em junho deste ano, o Governo Federal anunciou o investimento de R$ 28,9 bilhões para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015-2016, sendo o maior valor da história do setor. Ou seja, a perspectiva de crescimento é animadora e, como defensores da área, nós da Assin vamos continuar na luta pelo seu fortalecimento e contribuindo para o fim da fome e da pobreza.
Parabéns pelo argumento, adorei!