Na Chácara Recanto do Manacás o respeito ao Meio Ambiente está em todas as etapas de produção

O que você faz pelo Meio Ambiente? A ASSIN fez essa pergunta para alguns associados, inspirada na Semana Mundial do Meio Ambiente, que neste ano acontece entre os dias 05 e 09 de junho. Hoje (05/06), por sinal, é o Dia Mundial do Meio Ambiente, o que nos motivou a trazer a primeira dessas histórias para contar.

Conhece a Chácara Recanto dos Manacás? Esse é o nome da propriedade de Thanany Machado Dario e Adolfo Brás Sunderhus, engenheiro agrônomo, extensionista rural aposentado do Incaper. Terra-refúgio, que fica na Comunidade Rural de Melgaço de Baixo – carinhosamente chamada de “Melgacinho” – e dentro do município de Domingos Martins.

“Dos 20 mil metros quadrados da chácara, 12 mil são de vegetação de floresta remanescente em revitalização natural”, reforça Adolfo, explicando que os 8 mil metros restantes estão as estradas de acesso, assim como as áreas para construção e para produção de atividades de clima temperado.

A preservação é o foco central no Recanto dos Manacás. Local para por em prática muito do que Adolfo desenvolveu nos seus anos de extensionista rural. Eles, por exemplo, nas áreas de produção, atuam com o uso racional do solo para manter o mesmo sempre coberto com folhas que caem das arvores que circundam as áreas de produção. E ainda realizam o plantio de culturas anuais com uso de sementes crioulas, de agricultores e agricultoras da comunidade, incluindo o feijão terrinha e o milho para paiol.

E tem mais! “O projeto de desenvolvimento da chácara tem como base o respeito aos ambientes naturais, aproveitamento das águas de chuva (caixas secas), roçadas e adubação orgânica, usando esterco bovino e de aves”, conta Adolfo.

Os desenhos e arranjos produtivos na Chácara Recanto dos Manacás são: pimenta biquinho, pimenta dedo de moça, pimenta de cheiro, café arábica em fase de corte e rebrota, plantio de pomar para atender a demanda da família e colaboradores, além do preparo de área para plantio comercial de ponkan.

Adolfo conta, ainda, que o projeto se estende para a implantação de uma pequena agroindústria artesanal para processamento das pimentas para conservas e in natura, com organização também para o processamento de pó de café.

“Um outro projeto que está sendo gestado é a implantação de uma estufa para produção de cactos e suculentas para atender ao mercado consumidor de ornamentação”, adianta.

Para dar conta de tantas ações, ainda há o espírito de comunidade. O “fazer acontecer”, como explica Adolfo, é feito pela família em parceria com uma família vizinha. Exemplo a mais de convívio e respeito para um crescimento ambiental saudável, sustentável e colaborativo.