A luta contra o racismo já acontecia bem antes da criação do Dia da Consciência Negra, em 2003. Nomes importantes da história mundial como Zumbi e Dandara dos Palmares no Brasil, Martin Luther King e Malcom X nos Estados Unidos , Nelson Mandela na África do Sul, entre tantos outros a redor do mundo, foram perseguidos mas defenderam seus ideais com bravura e deixaram seus legados.
Hoje é dia de lembrarmos dessas referências e construir a nossa história da luta contra o racismo e por uma sociedade cada vez mais igualitária e humana. Dentro da nossa Associação temos inúmeros exemplos de força e inteligência de servidoras e servidores e, neste dia, vamos conhecer um pouco da história do Engenheiro Agrônomo e Agente de Extensão em Desenvolvimento Rural do Incaper, Ricardo Eugênio Pinheiro.
Toda a sua vivência, desde a infância até os tempos na Universidade Federal do Espírito Santo, onde se formou, foram essenciais e contribuiram para a sua atuação hoje ao lado dos agricultores familiares e todo o seu trabalho nas áreas de Agroecologia, Agricultura Orgânica, Organizações Sociais e Recursos Hídricos e Meio Ambiente.
Atualmente, Ricardo Eugênio está lotado na Coordenação do escritório local do município de Alegre, e também nasceu e viveu toda a adolescência na Fazenda do Horizonte no município de Alegre (ES), a 09 Km da sede. “A Fazenda do Horizonte foi uma das grandes fazendas de cafezais da região Sul Capixaba que no passado submeteu aos negros africanos o regime de trabalho de escravidão e com a ‘abolição da escravidão’ não houve grandes mudanças”, conta Eugênio.
Nesta região, um grupo de moradores afrodescendentes manteve diversas tradições para preservar a sua cultura e Eugênio teve a oportunidade de participar de grupos de danças folclóricas com crianças e jovens, entre outras manifestações. “Participar dessas celebrações da cultura afro na minha infância e juventude, proporcionou-me momentos de reflexões e questionamentos assertivos das condições que os negros africanos foram submetidos durante e pós o período de escravidão. Isto me fez buscar a estudar para entender melhor a minha origem e contribuir para o desenvolvimento da comunidade”.
Incaper mais inclusivo
Essa rica experiência mudou a vida de Ricardo Eugênio para sempre. Durante o período de faculdade, ele foi membro fundador do Grupo Ecológico Kapi’Xawa, que além das discussões do tema da Agroecologia, tem como objetivo resgatar e valorizar atos culturais. “Essas ações realizadas com os grupos culturais do município de Alegre contribuíram para a minha formação profissional e influenciam até hoje nos meus comportamentos e atitudes como extensionista junto às famílias de agricultores de base familiar”.
Além de priorizar um atendimento mais humano e atento às questões de raça, Ricardo também luta por mais representatividade dentro do Incaper. Apesar de existência de políticas públicas inclusivas dos afrodescendentes na sociedade brasileira, há necessidade de uma maior valorização pelo que representa no Brasil.
Segundo o IBGE, mais de 50% dos brasileiros se reconhecem como afrodescendentes, o que prova que é preciso que mais pessoas negras ocupem os espaços e tenham mais oportunidades. “Acredito que as instituições públicas, como o Incaper, poderiam valorizar mais o povo afro. É preciso ter reserva de vagas em concurso para pessoas negras; designação em cargos gerenciais; ATER e pesquisas específicas para os agricultores familiares das comunidades quilombolas, entre outras políticas”.
Ainda temos um caminho longo pela frente, mas a Assin e seus associados reafirma sua luta ao lado dos movimentos sociais, porque o enfrentamento contra o racismo é de todos nós.
Parabéns Ricardo você merece estar neste espasso sei que pra chegar ande estar foram dias de luta, luta está que momento algum você deixou-se se desanima sempre buscando o lugar de fala sempre valorizando sua raiz de onde você veio transmitindo saberes atrvez do seu trabalho meus parabéns pelo lindo depoimento e bonito de mais fico muito emocionada quando estamos nos espaços que nus e de direito um abraço.
Concordo plenamente que a luta contra o racismo é de todos nós. Temos que lutar veementemente contra essa mazela, que infelizmente, ainda atinge de forma implacável nosso País. É inadmissível que em pleno século 21, ainda convivamos com atitudes dessa natureza.
Concordo plenamente! Racismo se combate com a lei, e com políticas de inclusão.
Grande abraço Ricardo, parabens pela honenagem.