Foi durante a pandemia da Covid-19 que o extensionista Luiz Carlos Bricalli pensou em desenvolver um projeto para aproximar os produtores rurais e os consumidores, oferecendo para ambos a oportunidade de se fazer a feira sem precisar sair de casa. Dessa forma, o produtor teria onde vender seus alimentos, enquanto o consumidor poderia comprá-los diretamente dos agricultores familiares.
O aplicativo “Feira na Palma da Mão” oferece exatamente esse serviço. “Foram quase dois anos com a equipe se dedicando para o desenvolvimento desse aplicativo. Para nós extensionistas não é apenas um aplicativo de celular, o Feira na Palma da Mão é uma ferramenta que possibilita a geração de resultados econômicos, facilitando a vida dos agricultores e possibilitando que os consumidores adquiram produtos da agricultura familiar validados pelo trabalho do dia a dia do Incaper”, ressaltou Bricalli.
Lançado em julho deste ano, o aplicativo já está disponível na versão Android e, em breve, também estará para IOS. Dessa forma, aqueles que preferirem comprar seus alimentos diretamente com o produtor, sem passar por nenhum intermediador, terão a chance de escolher os produtos por meio do Feira na Palma da Mão.
São alimentos produzidos e comercializados por agricultores familiares. “Essa inovação tecnológica na área da comercialização permite aproximar os produtores rurais dos consumidores, oferecendo ao agricultor familiar novos canais de comercialização junto com a sociedade capixaba”, avalia Bricalli. Até o momento, o “Feira na Palma da Mão” alcançou a participação de 50 propriedades rurais da agricultura familiar e de 25 estabelecimentos comerciais.
O projeto intitulado de “Desenvolvimento de Metodologia de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural) para o incentivo da venda direta dos produtos da agricultura familiar”, que teve como finalidade o desenvolvimento desse aplicativo, foi contemplado pelo Banco de Projetos da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) no Edital 2020, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes). Além do coordenador do projeto, a equipe técnica foi composta por duas bolsistas, tendo apoio de doze servidores do Incaper dos municípios envolvidos, além de três técnicos contratados para o desenvolvimento do app e dois servidores da equipe de Tecnologia da Informação (TI) do Incaper.
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