Após 32 anos e meio de Incaper, a associada Maria auxiliadora Corona Gava, mais conhecida como Léia, encerra um ciclo de muito trabalho e muita luta pelo instituto. A servidora se aposenta nesta segunda-feira e leva consigo muitas memórias, aprendizados e companheirismo. “Sinto que estou deixando minha família, mas graças a Assin vamos continuar nos encontrando nos diversos eventos que a associação promove”, diz Léia.
Ela começou no Incaper no ano de 1985 e assumiu o cargo administrativo de Agente de Suporte em Desenvolvimento Rural, em Vila Pavão, no 1º escritório do Incaper na região. “Antes de passar no concurso eu era professora e trabalhava com crianças. Fiquei muito feliz ao entrar na instituição e poder trabalhar com a comunidade que eu já era próxima”, conta. Após esse período, ela foi remanejada para o escritório em Nova Venécia.
Léia em sua mesa de trabalho orientando seu sucessor
Léia sempre foi uma mulher de luta e se filiou à Assin desde que entrou no instituto e esteve presente em diversas lutas, greves e manifestações. Entre os protestos, ela lembra principalmente do dia em que fizeram um cortejo fúnebre carregando um caixão até o Palácio Anchieta. “O caixão simbolizava as nossas perdas de salário e o sucateamento que o Incaper vinha sofrendo na época. Queríamos enterrar o governo que não nos ouvia”. Léia também conta que o protesto terminou com um forró e uma feira na frente do Palácio.
O protesto foi matéria nos jornais
Infelizmente, o Incaper continuou sofrendo perdas e os servidores os seus benefícios. Mas Léia não desanimou e continuou participando das lutas e até hoje acredita na recuperação do Instituto. “Foi um tempo muito bom, valeu a pena. Mas eu sinto que no começo éramos mais valorizados e mais próximos dos produtores rurais”, comenta.
Além dos protestos, Léia também se lembra das festas do Incaper, principalmente a de 50 anos, que todos participaram e se divertiram. “As festas regionais também eram muito alegres. Uma vez fomos todos fantasiados e eu fui de Xuxa, foi muito engraçado”, lembra.
Neste ciclo que se encerra, Léia sente que cumpriu sua missão e volta para a casa com a vontade de estar mais próxima do filho e da família, mas sem abandonar a família Incaper que a acompanhou durante todos esses anos.
Para os jovens servidores que estão iniciando a carreira agora, Léia deseja muita força, “estamos vivendo um momento político muito complicado e precisamos estar unido. A associação nos passa esse espírito coletivo e, principalmente, que está no interior precisa de representatividade”, finaliza Léia.
Leia a você deixo um carinhoso abraço e tenho a certeza de que um novo momento estará se abrindo para sua vida….Sucesso companheira e não deixe nunca de será mulher guerreira de sempre.