Os servidores do Incaper compareceram para realizar uma manifestação durante o lançamento do Programa e Expansão do Plantio de Pinus para a Produção de Gama-Resina e Madeira no Espírito Santo, o Pró-Resina, que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 3, em ibitirama. Em protesto ao presidente do Instituto, eles usaram mordaças.
Na última segunda-feira, 30 de maio, servidores do Norte realizaram assembleia para decidir sobre o destino da greve e compareceram com faixas e cartazes de protestos na assinatura da ordem de serviço para a construção da Barragem Itauninhas, em Pinheiros. No ato, estavam presentes o governador e autoridades locais e estaduais.
Os servidores foram ameaçados pelo presidente, que quis saber da frequência dos mesmos, para providenciar as punições cabíveis, utilizando-se, inclusive, do artigo 226 da lei 46, que se refere aos atos desrespeitosos com autoridades públicas e em atos públicos.
“Nossa luta é em defesa da agricultura familiar, que depende, em primeiro lugar, da assistência técnica para que se fortaleça. Estamos em um cenário cada vez mais desfavorável. A agricultura familiar, é vista pelo atual governo federal, como assistencialismo. Temos que nos manter fortes para que os servidores sejam valorizados para que continuem oferecendo um serviço de qualidade e fortalecendo a nossa agricultura”, disse o presidente da Associação dos Servidores do Incaper (Assin), Edegar Formentini, que liderou o movimento desta sexta.
Proibição
Quando chegaram ao local onde aconteceu o lançamento do programa em Ibitirama, a segurança não quis permitir a entrada dos servidores alegando ser um evento particular. os servidores estavam, com faixas sobre a greve do Incaper e o sucateamento do instituto. No final, a entrada foi liberada, após a chegada do governador, e os servidores puderam participar do ato.
O coordenador executivo da Faser, Adolfo Brás Sunderhus, também chamou a atenção pela forma como os servidores que foram ao local protestar, foram recepcionados pelos seguranças.
“A intolerância do presidente do Incaper e a gestão agressiva do governo do Estado contra os servidores e visível. Mas em respeito aos agricultores familiares, não nos deixaremos ser vencidos por quem não tem história e não respeita 60 anos de apoio e de trabalho pelo crescimento e desenvolvimento da agricultura familiar do Estado. Não abrimos mão dos nossos direitos. Estamos aqui em respeito aos agricultores familiares do Estado. Trabalhamos por eles e não para atender interesses de governos”, disse.
Greve na sede
Os servidores da sede do Incaper, em Vitória, também realizaram atividades esta manhã relacionadas à greve. Eles se reuniram para conversar sobre os rumos da mobilização e também para fazer um calendário de eventos que vão ser realizados a partir da próxima semana, para chamar a atenção da população.
Os servidores realizaram também uma oficina de cartazes, com motivos da greve e outras informações sobre a atual situação do Incaper, que foram afixados nos corredores da sede e na entrada, como forma de esclarecimento à população.
Greve em Linhares
Em Linhares, os servidores também se mantiveram mobilizados nesta sexta-feira. Durante a manhã, realizaram uma reunião, onde discutiram estratégias de greve.
Parabéns colegas incaperinos e assinenses, sofridos, competentes, trabalhadores e batalhadores por nossos direitos legais e naturais, enfrentando um Governo que nos lembra bem o poderoso império romano que ainda está vivo entre nós, mas com outro nome, o de uma democracia falsa, onde impera nitidamente a corrupção, a ditadura, a arrogância e a prepotência. Condenando todo a nossa sociedade ao descaso e às mazelas visíveis por todo o Estado, e aos servidores de um modo geral a um regime semi-escravo e sem liberdade ao estado democrático de direito, de poder manifestar suas reivindicações mais do que justas e amparadas por lei e reconhecidas pelo guardião da constituição e das leis, o Poder Judiciário, através do Tribunal de Justiça do ES.
Enquanto isso nosso setor agro-pecuário, produtores rurais e agricultores familiares, responsáveis pela produção do alimento e conservação da água que chega aos lares de todos cidadãos ficam desassistidos com os cortes arbitrários e injustos de um Governo que governa para poucos, somente para aqueles que lhes garantiram a sustentabilidade financeira da sua campanha eletiva. Esta é a marca registrada de um Governo que deve estar eleito pela ultima vez. Estamos juntos nesta luta, colegas. Que Deus nos ajude e boa sorte a todos.