Hoje, 6 de dezembro é o Dia do Extensionista Rural, que é o profissional que põe em prática diversos projetos e pesquisas junto aos agricultores. É um trabalho dinâmico, pois está em constante estudo e reformulação, o que é bastante positivo para a promoção de uma agricultura cada vez mais forte, produtiva e sustentável.
De acordo com o Incaper, desde o ano 2000 foram atendidos uma média de 50 mil agricultores, sendo eles familiares, indígenas, assentados, quilombolas, pescadores artesanais e ribeirinhos, mostrando que o serviço de extensão rural é bastante diversificado, mas ainda possui certas dificuldades.
Para o associado e técnico em desenvolvimento rural, Moizés Marré, 45, o profissional é de suma importância, pois desenvolve um trabalho sustentável junto aos agricultores. Ele está há quase 8 anos no Incaper e atualmente realiza uma série de atividades voltadas para o atendimento da agricultura familiar e também aos programas Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e PAA (Programa de Aquisição de Alimentos).
No entanto, Moizés destaca os desafios da profissão aqui no Espírito Santo: ainda que acredite em um trabalho satisfatório junto aos agricultores e voltada às políticas públicas, ele sente que a profissão é desvalorizada pelo Estado. “A lógica entre salário e trabalho está distorcida. O Estado prega o dever e nega o direito ao trabalhador, pois não nos ouvem nem nos dão suporte. Um exemplo disso é a cota de combustível. Precisamos nos deslocar muito para atender demandas de várias regiões do Espírito Santo. Mesmo assim, não temos recursos suficientes. Nós lamentamos muito isso”.
Mas Moizés acredita na força do profissional de extensão rural e no importante dever que cumprem. “Nós trabalhamos com o desenvolvimento de políticas públicas para aqueles que estão mais distantes de uma realidade que os possam favorecer. É desafiador, porém satisfatório”.
Melhorias
A associada Joana Junqueira, agente em extensão e desenvolvimento rural, tem 29 anos e está há quase quatro anos no Incaper, trabalhando com diversos projetos, como de assistência técnica na agricultura, com o desenvolvimento do PNAE e apoiando a produção agroecológica.
Para Joana, o extensionista é o catalisador de melhorias para os agricultores e, por isso, precisa ser um profissional em constante atualização.
“Quem trabalha com extensão rural precisa levar conhecimento e técnicas para que o trabalhador do campo possa desenvolver e alcançar resultados relevantes. Por isso, se atualizar é fundamental”. A agente destaca também que um extensionista trabalha muito e que os resultados de seu esforço costumam sair a longo prazo.
O agente de extensão em desenvolvimento rural, Fábio Dalbom, 37, reitera a importância do papel do extensionista. “Nós trabalhamos pela melhoria da qualidade de vida dos nossos agricultores e de quem consome seus produtos, prezando sempre pela sustentabilidade e pela renovação dos nossos conhecimentos para atender as demandas tanto das pessoas quanto da natureza”.
Fábio também faz uma lista dos desafios diários de um profissional da área. “Trabalhamos com o apoio às organizações de agricultores, levando as políticas públicas, diagnosticando as necessidades infraestruturais através de métodos coletivos, como oficinas, palestras, reuniões e excursões. Além disso, damos apoio à agricultura orgânica, focando no mercado e fortalecendo a diversificação produtiva, para gerar maior independência. Isso tudo tem que ser feito com uma preocupação em levar saúde para a população, preservar o meio ambiente, e seus recursos hídricos”.
Licenciado em Ciências Sociais, com especialização em ensino de geografia e meio ambiente, Fábio apresenta seus trabalhos constantemente em convenções do setor, tanto local quanto nacional. E ainda dá a dica: “Devemos estar sempre antenados para as mudanças nas políticas públicas e pesquisar muito”.
A todos os nossos extensionistas que contribuem para desenvolver a agricultura com responsabilidade, os nossos parabéns pelo seu trabalho!
