Mais uma vez a força dos servidores capixabas do Incaper ficou em evidência com a edição deste ano do Seminário nacional de Boas Práticas de Ater, que aconteceu esta semana, em Brasília, de 1 a 3 de dezembro. O Espírito Santo esteve entre os dez estados selecionados que apresentaram experiências de Ater de instituições oficiais, neste caso, o Incaper, levando três trabalhos, que foram bastante elogiados durante as apresentações.
O presidente da Assin, Edegar Formentini, que também é extensionista, apresentou a experiência desenvolvida em Cariacica, em Brasília, relacionada ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). O projeto coordenado por Edegar consiste na articulação entre agricultores familiares e nutricionistas do Coordenação de Alimentação Escolar (CAE) municipal a fim de agilizar o processo de entrega de produtos para a alimentação escolar.
De acordo com Edegar, agricultores de Cariacica realizam entregas para 108 escolas municipais. “Realizamos um trabalho de articulação para que o cardápio das escolas fosse planejado de acordo com o período de produção de determinados alimentos. Também contribuímos para a realização do cálculo nutricional dos cardápios, obrigatório pela legislação”, falou.
Como resultado, a experiência facilitou a inserção dos agricultores no Pnae e também incentivou a adoção de práticas agroecológicas. E de 2012 até 2015, quadruplicou o retorno financeiro aos agricultores na comercialização para a merenda escolar. Em 2012, foram R$ 300 mil e em 2015, foram R$ 1,2 milhão.
Ater para Jovens
O projeto apresentado pelo pesquisador do Incaper José Salazar Zanúncio Junior, foi inserido no eixo Ater para Jovens. Coordenado pelo associado, a experiência contemplou cinco Escolas Famílias Agrícolas da Região Sul do Espírito Santo e envolveu cerca de 200 jovens no ensino de práticas alternativas de controle de pragas que atingem as lavouras.
“Nas Escolas Famílias existem disciplinas relacionadas à sanidade vegetal. O Incaper contribuiu com o ensino de métodos alternativos de controle de pragas, controle biológico, manejo ecológico e produção de caldas alternativas. Além disso, apresentou produtos comerciais usados na agricultura orgânica. O objetivo dessa ação é que os jovens possam implantar esses métodos alternativos em suas propriedades”, relatou Salazar.
Já o extensionista do escritório de Iconha Fabio Dalbom, mostrou a experiência de agroecologia e organização social realizada nesse município, que contou com um trabalho de conscientização junto aos agricultores. Hoje, quase 100% dos associados possuem certificação orgânica e produzem de forma agroecológica.
Atualmente, os agricultores familiares vendem seus produtos para programas do Governo Federal, como o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (Pnae). Também por meio de ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), os produtores melhoraram a infraestrutura das associações e da cooperativa, com galpões, locais apropriados para a produção e câmaras frias.
Com informações e fotos do Incaper