A Associação dos Servidores do Incaper (Assin) vem a público repudiar o tratamento que o governo do Estado tem dado aos servidores públicos do Espírito Santo e também reafirmar nosso compromisso de levar políticas públicas estruturantes para as famílias rurais.
E porque somos Assin, definimos o nosso compromisso com a sociedade rural e urbana do Estado com os seguintes pontos:
– Impacto Econômico da atuação dos servidores e servidoras do Incaper em 2013: R$ 1,09 bilhões envolvendo ações de atendimento ao agricultor capixaba pela Assistência Técnica Extensão Rural e Pesquisa com as famílias rurais, agricultores familiares, comunidades rurais, quilombolas, indígenas, assentados, pescadores artesanais, aquicultores, agricultores em extrema pobreza, entre outros, segundo balanço social do Incaper de 2013;
– Para cada R$ 1,00 investido no Incaper em 2013, o conjunto de seus servidores promoveu um retorno de R$ 12,46;
– Temos uma forte ação na organização e no fortalecimento do associativismo e do cooperativismo no Estado;
– Foram atendidos, somente em 2013, 71 mil agricultores, dos quais 57.310 são agricultores familiares e camponeses, nosso foco e compromisso social, oportunizando geração de renda e melhoria de qualidade de vida;
– Estamos presentes em todos os municípios do Estado, o que demonstra não só a capilaridade técnica, mas sobretudo nosso compromisso e responsabilidade em levarmos políticas públicas estruturantes para as famílias rurais;
– Ações decisivas nos momentos de calamidade pública, assessorando a Defesa Civil do Estado e dos Municípios, além de todo suporte aos meios de comunicação para divulgação à sociedade, fazendo todos os levantamentos para estimativa de perdas produtivas e econômicas no setor agrícola e da pecuária no Estado;
– Ação decisiva na estimativa das safras agrícolas e na divulgação de preços aos agricultores, construindo as oportunidades de novos mercados e novos modelos de comercialização;
– Forte ação na orientação para diversificação da produção, com uma visão de pluriatividades e da multifuncionalidade da propriedade rural, gerando novas oportunidades de trabalho e renda para família rural, em especial na agroindústria e no agroturismo;
– Operacionalização de políticas públicas para o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa: Pronaf, Proagro Mais, PNAE e PAA;
– Emissão de Cartas de Aptidão ao Pronaf;
– Forte ação integrada com a rede de assistência social (Cras), orientando famílias em vulnerabilidade e contribuindo para Redução da Extrema pobreza no meio rural (PBSM) e Incluir no campo.
Nosso protesto é contra a falta de respeito e compromisso do Governo com os servidores
Com o governo Paulo Hartung estamos novamente vivendo momentos de grandes mazelas e perpetuação de vícios políticos. O desrespeito e a falta de compromisso para com os direitos dos servidores e servidoras do Incaper nos trazem a uma “modernidade de gestão” contrária à ética e à moral pública, que devem estar presentes no exercício do chefe do poder executivo.
Sentar teimosamente na “cadeira do poder”, insistir em sua tese única e demagógica de “não temos dinheiro, nem receita disponível”, certamente não é produtivo para a sociedade. Estamos vivendo um Estado cuja gestão aponta para um cenário sem perspectivas de suas responsabilidades sociais e econômicas, renovando a sua falácia gerencial, a sua intransigência, a falta de diálogo, insistindo em um futuro já desgastado.
Mas nós servidores e servidoras públicos do Incaper somos fortes o suficiente para nos opormos a esta gestão equivocada e sorrateira no trato aos profissionais e ao Instituto.
O atual momento político nos chama para mantermos viva nossa luta. A nossa organização, através da Assin e do Sindipúblicos e o Fórum das Entidades dos Servidores Públicos do Espírito Santo (Fespe), nos permite fazer o enfrentamento na medida certa.
Não seremos derrubados pela intransigência e pela falta de diálogo. Não seremos vencidos por declarações políticas que buscam diminuir a história vitoriosa da Extensão Rural da Assistência Técnica e da Pesquisa construída ao longo de 60 anos pelos servidores e servidoras do Incaper.
As políticas públicas, além de investir e promover mudanças de natureza social, produtiva, econômica e ambiental têm, sobretudo, o caráter de respeitar e valorizar o servidor público, agente dessas transformações. É preciso que o governo do Estado assuma de fato que, para o meio rural, a resposta está nos serviços de Assistência Técnica, Pesquisa e Extensão Rural de qualidade e em quantidade.
Fazemos esta afirmação, pois existem estudos suficientes que apontam a extensão rural e a pesquisa participativa como a ferramenta vital e fundamental para construção das políticas públicas alternativas e estruturantes, que possam promover a inclusão social produtiva e econômica das famílias do interior, garantindo a presença do Estado. Como se vê, a fórmula dessa intervenção não é tão complicada assim, basta ter vontade política.
Diante das constantes negativas das reivindicações dos servidores e servidoras do Incaper, fica claro que falta neste Estado um governante capaz de plantar e implantar valores de justiça social, econômica e de qualidade de vida àqueles que são os responsáveis diretos pela operacionalização das políticas públicas agrícolas e agrárias no Estado.
A Assin exige veementemente deste governador que assuma esta responsabilidade, enxergando e valorizando os servidores e servidoras do Incaper com políticas públicas de remuneração dignas e justas com aplicação imediata dos demais benefícios e direitos, em igualdade com a importância e a grandeza de seus serviços para sociedade.
Os servidores e servidoras do Incaper mantêm acessa uma chama importante, a do seu compromisso e respeito aos agricultores familiares e camponeses, alimentada pela posição guerreira, sobrevivendo mais por idealismo do que por qualquer outro incentivo que receba dos poderes públicos.
A Diretoria da Assin
Baixe a carta de repúdio
Entendendo que o exercício de pensar e agir coletivamente é a melhor forma de construirmos um ambiente mais equilibrado em nossas relações. Precisamos então, formar um exército de pessoas comprometidas com as causas coletivas e, neste momento, é importante sabermos escolher as nossas “armas” para depois desenvolvermos nossa ação, que será a de lutar sempre! E nada vem com facilidade.
Somos muitos. Temos que aproveitar esta nossa vantagem, que não se estabelece somente por números, mas pela qualidade de nossas ações. Precisamos, antes de tudo, acreditar que quem realmente faz a diferença somos cada um de nós, e neste sentido precisamos, fortalecer a nossa individualidade dando a oportunidade de nos mantermos a favor de nossa coletividade. Portanto, acreditar é o primeiro passo para tornar o nosso movimento mais libertário, vinculado à nossa coragem coletiva, vencendo nossas acomodações, saindo das facilidades já desgastados pelo tempo.