O mundo produz, atualmente, 1,3 bilhão de toneladas por ano de lixo orgânico, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Só no Espírito Santo, 25 mil kg de alimentos vão às latas de lixo por dia. Um desperdício muito grande.
Em 2012, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontou que 51% dos resíduos domiciliares geram cerca de 90 mil toneladas de lixo orgânico por dia. Vale ressaltar que muitas vezes eles são destinados a aterros e lixões.
A consequência disso não é nada legal: mais gases de efeito estufa são lançados na atmosfera e o ar, o solo e a água ficam mais poluídos. Mesmo com um cenário tão negativo, ainda há uma solução, que é a compostagem orgânica, que pode se tornar um excelente suporte para a agricultura familiar.
A compostagem é uma técnica de reciclagem que valoriza a matéria orgânica proveniente do lixo doméstico, urbano, agrícola, florestal e industrial. Neste processo, diversos micro-organismos, como fungos e bactérias, decompõem a matéria e, assim, produzem um fertilizante natural.
Em um período no qual empresas como a Monsanto reinam catastroficamente no campo da fertilização, a grande vantagem da compostagem para a agroecologia está na redução da dependência de adubos químicos, que prejudicam o solo e são ruins à sustentabilidade, ao contrário dos adubos orgânicos, que fortalecem e mantêm a umidade da terra.
