O ano de 1985 foi marcante para o povo brasileiro. O país acabava de sair de uma Ditadura Militar, um período nefasto de violência e censura. Para celebrar as boas novas e o gostinho da liberdade de expressão, foi realizado o primeiro Rock In Rio em 11 de janeiro. Quatro dias depois, toma posse o primeiro presidente não militar depois de 21 anos.
Aquele ano começou de forma muito agitada para o país inteiro e não seria diferente para os agricultores capixabas, que iniciaram em maio de 1985 uma trajetória marcada por lutas, perseverança e equidade: os trabalhadores da antiga Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Espírito Santo (Emater-ES), hoje Incaper, fundaram a Assem, que se tornou mais tarde a Assin. Nestes 30 anos de Associação, muros foram destruídos e pontes foram levantadas. A arrogância de uns deu lugar a defesa de nossos direitos e o respeito à família rural.
A Assin superou diversas adversidades políticas que tentaram acabar com o serviço de Assistência Técnica de Extensão Rural e da Pesquisa pública estatal e gratuita. Vencemos e continuamos vencendo, unidos e com coragem para assumir os riscos que as lutas nos proporcionam.
O agente de extensão em desenvolvimento rural Edegar Formentini é filiado da Assin desde a sua fundação e falou um pouco do que foi esse período. “A Associação surgiu meses depois do fim da ditadura militar, que foi um período de cerceamento, e na época tínhamos a necessidade de discutir a participação política enquanto cidadãos. A Assin veio para afirmar esse momento, mobilizando seus servidores e, com o passar do tempo, isso foi importante para o Incaper ser o que é hoje”.
Para ele, a Assin fortalece a luta pela estabilidade das relações de trabalho e pela unidade interna dos funcionários. Além disso, Edegar aponta o compromisso com a equidade como a expressão de seus 30 anos de filiação à Associação. “Sempre trabalhamos para não excluir ninguém. Por mais que haja diferenças entre salários e benefícios, nunca lutamos por uns e outros, lutamos por todos que representam a Assin e o Incaper”.
O presidente da Assin, Adolfo Bras Sunderhus, afirma a sua honra de fazer parte do movimento em prol do servidor. “Fazer parte da Associação dos Servidores do Incaper é um privilégio, pois temos a oportunidade de juntos sermos felizes. Este sentimento se torna cada vez mais forte, pois a Assin nos proporciona um olhar mais crítico e atento às necessidades de cada um, no propósito de mudar, de crescer e de viver coletivamente”.
Aqui fica o agradecimento e o abraço solidário e carinhoso de todos nós aos companheiros e companheiras que se colocaram à frente do tempo e nos levaram por uma estrada que, embora com incertezas, era boa. Que nos mostraram que somos capazes, a todo e em qualquer tempo, de produzirmos bons frutos, pois este campo de luta está sendo continuadamente adubado e irrigado pelos princípios da liderança, do conhecimento, da humildade, do trabalho em equipe e da solidariedade. Hoje somos mais fortes, pois tivemos bons mestres nesta caminhada.