Um estudo feito durante 50 anos com mulheres dos Estados Unidos constatou que quem foi exposta a um nível altíssimo do pesticida DDT no útero tinham quatro vezes mais chances de desenvolver o câncer de mama. De acordo com a coautora do estudo, Barbara Cohn, essa já era uma suspeita muito grande, mas que não havia muitos estudos com humanos que provassem essa hipótese.
Na década de 60, o pesticida era popular nos EUA. Por isso, os pesquisadores examinaram um grupo de mulheres que foram expostas ao DDT no útero. De acordo com os dados coletados de 20.754 gestações entre 1959 e 1967, 118 mães que tiveram filhas foram diagnosticadas com câncer de mama aos 52 anos. Além disso, amostras de sangue de 118 mulheres evidenciaram o alto nível de exposição ao DDT que tinham concentrado quando estavam grávidas ou logo após o parto.
O DDT é a sigla de diclorodifeniltricloroetano e foi o primeiro pesticida contemporâneo, usado para eliminar insetos, como mosquitos causadores de doenças como a malária. Eles são desreguladores endócrinos, que podem imitar ou interferir na função do hormônio estrogênio, reduzem a fertilidade e aumentam o risco de diabetes tipo 2.
Referência: globo.com