A agricultura sustentável tem sido um dos principais assuntos nos dias de hoje, principalmente quando se fala da comida que chega a nossos pratos e também da importância de preservar a terra e os recursos renováveis e não renováveis. E hoje, Mundial do Meio Ambiente, buscamos tratar de um assunto bastante significativo dentro do Estado: a agricultura familiar, capaz de unir sustentabilidade e preocupação com a preservação dos bens naturais.
A agricultura familiar é um dos principais segmentos do Espírito Santo. Mais de 80% das propriedades rurais no estado pertencem à famílias que produzem grande parte daquilo que consumimos em nossas casas, como o café, leite e derivados, frutas, hortaliças, feijão, mandioca, farinhas, entre outros produtos.
Dois elementos favorecem o Espírito Santo como referência no segmento: a curta distância entre as áreas de produção e as regiões de consumo e a atuação da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Ela oferece suporte aos agricultores familiares na questão da qualificação pessoal e do trabalho com pesquisas de diversos âmbitos, como o meio ambiente. O chefe de Aater do Incaper, Maxwel Assis de Souza, diz que a atuação pode ser mais efetiva, no quesito de oferecer mais apoio na infraestrutura rural e de crédito, além de fortalecer o que vem sendo feito.
Com relação ao trabalho de conservação e preservação do meio ambiente junto aos trabalhadores do campo, Maxwel diz que o Ater trabalha com bastante diálogo com esses profissionais. “Não focamos apenas no plantio e na colheita, buscamos também incutir no trabalhador a questão da propriedade, para que entendam as atividades produtivas e não produtivas, com o uso racional da água e do solo e preservação da fauna silvestre”.
Como exemplo do trabalho que a Ater realiza com finalidades econômica e também sustentável, Maxwel conta sobre a Associação dos Produtores Rurais e Familiares Unidos das Comunidades de São Felipe e São Romão (Aprufro). “Nós fizemos um trabalho de resgate da apicultura, sem esquecermos da questão ambiental envolvida no setor da apicultura, afinal as abelhas são polinizadoras fundamentais e produtores de alimentos como o mel e o própolis. Com o nosso apoio, eles aumentaram a produção, vendendo produtos para programas do governo, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), e respeitaram a importância das abelhas para o meio ambiente”.
Texto Marcos Barcelos
